Mas já chegamos á primavera?
Parece que todos á minha volta decidiram ficar apaixonados ou reviver paxões.
Assim sendo e, porque este post é claramente dedicado a "pessoa dedicada", é mais sombrio...
Mas como se diria no Vanilla Sky. O doce só é doce, depois de se provar o amargo.
Mas faz-me um favor: Pára de provar o amargo.
Não sei de amor senão
Não sei de amor senão o amor perdido
o amor que só se tem de nunca o ter
procuro em cada corpo o nunca tido
e é esse que não pára de doer.
Não sei de amor senão o amor ferido
de tanto te encontrar e te perder.
Não sei de amor senão o não ter tido
teu corpo que não cesso de perder
nem de outro modo sei se tem sentido
este amor que só vive de não ter
o teu corpo que é meu porque perdido
não sei de amor senão esse doer.
Não sei de amor senão esse perder
teu corpo tão sem ti e nunca tido
para sempre só meu de nunca o ter
teu corpo que me dói no corpo ferido
onde não deixou nunca de doer
não sei de amor senão o amor perdido.
Não sei de amor senão o sem sentido
deste amor que não morre por morrer
o teu corpo tão nu nunca despido
o teu corpo tão vivo de o perder
neste amor que só é de não ter sido
não sei de amor senão esse não ter.
Não sei de amor senão o não haver
amor que dure mais do que o nunca tido.
Há um corpo que não pára de doer
só esse é que não morre de tão perdido
só esse é sempre meu de nunca o ser
não sei de amor senão o amor ferido.
Não sei de amor senão o tempo ido
em que amor era amor de puro arder
tudo passa mas não o não ter tido
o teu corpo de ser e de não ser
só esse meu por nunca ter ardido
não sei de amor senão esse perder.
Cintilante na noite um corpo ferido
só nele de o não ter tido eu hei-de arder
não sei de amor senão amor perdido.
Manuel Alegre
11 janeiro 2009
It's Amore...
O Neuronio deu sinal de vida as 22:17
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1 comentário:
Um dia também quero viver uma "paxão"...de certeza que sem o "i" a atrapalhar é muito mais fácil! LOL :D
Uga uga...*
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